Independente do tipo de negócio e da área em que se enquadra, o caminho para se obter sucesso é ter uma gestão de qualidade.
Não importa se seu negócio tem um excelente produto ou se já conquistou clientes, pois começar com sucesso não é o maior desafio. Se manter relevante sempre e sustentando a sua organização, esse é o maior desafio a enfrentar.
Através de procedimentos para alinhar e planejar a política interna é possível controlar fatores fundamentais e evitar ser surpreendido pelos problemas, ou que eles ocorram de forma recorrente.
Assim, ao invés de ter desgastes e custos com perdas e ações tardias, o empreendedor conseguirá adotar melhores práticas e estratégias que manterão o negócio saudável. Essas regras também se aplicam para a pecuária de leite.
No Brasil existem cerca de 1,7 milhão de propriedades rurais que destinam seus trabalhos à produção de leite, de acordo com o último censo agrícola do IBGE.
Contudo, a média de produção diária dessas propriedades é de mais ou menos 70 quilos de leite por dia. Uma quantidade ainda muito baixa, o que significa alto custo e baixa renda e produtividade para a atividade leiteira.
Isso acontece devido aos diversos desafios que a produção de leite enfrenta para conseguir entregar um produto com qualidade, atendendo aos parâmetros das normativas e com preços competitivos.
De nada adianta ter um investimento se ele não consegue gerar lucros, pois esse um dos principais objetivos dos produtores é que a atividade seja lucrativa.
Então, vamos falar sobre o uso de antibióticos e a sua relação com a lucratividade na produção de leite no Brasil.
Um dos fatores que pode aumentar muito os custos e levar a prejuízos na produção de leite está relacionado com a sanidade dos animais leiteiros. Entre os problemas que podem ocorrer, o principal é a mastite, uma inflamação das glândulas mamárias. Ela afeta significativamente a produção, pois essa doença pode, muitas vezes, levar ao uso indiscriminado de antibióticos, o que prejudica o sucesso do negócio.
Neste artigo, vamos falar dos principais problemas enfrentados pelos produtores de leite, bem como de estratégias na gestão das fazendas produtoras, para que seja possível uma utilização menor de antibióticos, redução de custos e fidelização de consumidores, com a entrega de leite de qualidade.
Para isso, separamos os seguintes itens:
A mastite é uma doença que provoca a inflamação das glândulas mamárias, podendo ser causada por bactérias ou fungos que atingem os quartos mamários.
Os animais infectados por essa doença podem apresentar sintomas como inflamação no úbere e no teto, perda de apetite, alterações no comportamento e febre.
Além disso, podem apresentar mudanças na composição do leite como grumos, pus, e diminuição na produção de leite. Nos casos críticos, a doença pode levar à morte do animal, causando grandes prejuízos nos negócios.
O desafio se dá justamente pelo fato de que esses sintomas provocam um aumento grande dos custos com tratamentos. Além disso, por causa das alterações na composição do leite, essa matéria-prima muitas vezes precisa ser descartada, causando problemas no cumprimento dos prazos de entrega e gerando custos não programados.
Mas os problemas não acabam por aí. Como a mastite é uma doença infecciosa, é possível que um animal infectado espalhe os microrganismos para outros , fazendo com que os prejuízos sejam ainda maiores. O exemplo deste caso é o da mastite contagiosa.
Dessa forma, fazendas que apresentem casos de mastite precisam buscar dados, mudar conceitos e manejos para cultivar boas práticas que barrem o impulsionamento desse quadro. Isso se torna possível ao adotar as boas práticas de higiene e de cuidado com a saúde dos animais.
Mas como isso pode ser feito? Um dos tratamentos mais difundidos é o uso de antibióticos para o controle da infecção, porém, há estudos que alertam para a ocorrência de casos em que sua aplicação não resulta na melhora do quadro, configurando um custo desnecessário.
Outro ponto de atenção é a possibilidade de haver
resíduos desses medicamentos no leite, o que prejudica a qualidade matéria-prima e de seus derivados. Continue a leitura para entender.
Quando uma das vacas apresenta sintomas de mastite, a recomendação técnica é que ela seja tratada imediatamente. O que envolve tanto a detecção de sintomas como o descarte do leite e, talvez, a administração de antibióticos.
Apesar da terapia com antimicrobianos apresentar uma boa eficácia, hoje em dia existem alguns pontos a serem considerados antes de adotá-la. Isso porque, economicamente, o tratamento pode se mostrar inviável.
Para exemplificar, um caso de mastite clínica em um animal de produção pode gerar custos que variam entre 350 a 700 reais.
Além disso, existe a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) para que os produtores de alimentos deixem de utilizar antibióticos de maneira indiscriminada em suas rotinas.
A preocupação é causada devido a ocorrência de problemas de saúde pública, pois o uso excessivo de antibióticos, muitas vezes sem real necessidade, e ainda, sem acompanhamento profissional, tanto em humanos quanto em animais, aumenta os riscos das bactérias se tornarem mais resistentes aos medicamentos, inclusive as que provocam diversos tipos de doenças em pessoas, dificultando muito o tratamento, podendo causar muitas mortes.
Desta forma, antes de aderir a esses tratamentos, considere aguardar um teste de cultura por pelo menos 24 horas, pois há estudos que comprovam que esta é uma alternativa viável .
Essa recomendação é relevante, pois animais com resultados negativos ou com bactérias gram-negativas, na maioria das vezes, não necessitam de tratamento com o uso de antibiótico. Nesses casos, a perda financeira será apenas com o descarte do leite que apresente grumos ou instabilidade.
A diminuição da utilização de antibióticos precisa ser prioridade para os produtores, pois a não priorização dessa demanda pode levar a falta de ações concretas nesse sentido, o que pode contribuir para o afastamento do consumidor.
É preciso considerar que a sociedade dá cada vez mais atenção para as relações de consumo e aos valores que são cultivados pelas empresas. E esse fenômeno não fica restrito ao uso de antibióticos, ele alcança outros temas relacionados, como o meio ambiente, o bem-estar animal e os impactos sociais das atividades.
Dessa forma, produtores que buscam adequar o seu modelo de negócio com práticas que garantam a produção sem resíduos e com redução do uso de antibióticos, principalmente o uso desnecessário, terão mais chances de se manter relevantes no mercado.
Inegavelmente, quando uma fazenda apresenta problemas com a saúde dos animais produtores, esse é um alerta de que algo, além da doença, precisa ser tratado.
Ao enxergarmos apenas os problemas de saúde e os efeitos imediatos no setor financeiro, tapamos os olhos para problemas bem mais profundos.
Nesse sentido, é fundamental conhecer a fundo as necessidades do ambiente da fazenda, entendendo quais são os focos do problema, para ser capaz de evitá-los.
Todo o processo de produção de leite e lacticínios deve ser monitorado com rigor e isso começa no ambiente em que os animais vivem e são ordenhados.
É fundamental que esses ambientes sejam higienizados frequentemente, com o intuito de reduzir as possibilidades de proliferação de bactérias tanto ambientais quanto as que causam as mastites contagiosas.
A mesma regra serve para os responsáveis pela ordenha. Antes do procedimento ser realizado, deve-se verificar se essas pessoas estão com roupas limpas, higiene pessoal em ordem e ainda, se os equipamentos de ordenha estão esterilizados.
Vale ressaltar que o processo de higienização deve se repetir todas vezes que o procedimento for executado em um outro animal, dessa forma será possível reduzir os níveis de contaminação entre eles.
Nesse mesmo intuito, é muito importante nutrir bem os animais da produção. Essa atitude evita que os níveis de defesa do sistema imunológico caiam, pois com as defesas naturais do organismo fortalecidas, o animal tem muito mais chances de alcançar a cura da infecção.
Assim, é de extrema importância ter conhecimento total do funcionamento do seu negócio, e também das bactérias que podem estar presentes durante a produção, pois isso se reflete em economia para os produtores. Uma prática eficiente para alcançar este objetivo é realizar a cultura na fazenda. Falaremos dela a seguir.
A cultura na fazenda consiste em uma prática em que o próprio produtor efetua culturas microbiológicas no ambiente da fazenda. Dessa maneira, ele consegue avaliar o agente causador dos casos de mastite clínica e subclínica na produção, podendo optar pela melhor solução de tratamento.
Essa metodologia tem o objetivo de melhorar as taxas de incidência dos casos de animais contaminados, bem como da eficácia na cura.
O resultado da implementação da cultura na fazenda é a tomada de decisões mais assertivas, estratégias de prevenção e, consequentemente, redução de custos.
A aplicação da cultura na fazenda irá depender dos objetivos do produtor ao utilizar essa ferramenta. Mas independente de seus objetivos, é essencial entender e absorver em primeiro lugar esse tipo de prática, mudando seus conceitos de manejo e tratamento da mastite e do ambiente de produção.
Entretanto, para que a cultura na fazenda produza os efeitos esperados, o negócio precisa ter um projeto focado em implementar um programa de qualidade do leite, abrangendo todos os aspectos que contemplam o complexo processo da produção.
Vale ressaltar que mesmo com as iniciativas de prevenção e mudanças no manejo, a mastite pode ocorrer. Nesses casos, a análise do tratamento implementado é fundamental.
A cultura na fazenda acaba tendo como um dos benefícios a racionalização do uso de antibióticos para mastite.
Essa redução ocorre através das diversas mudanças de manejo na fazenda, como as medidas de higienização no pré e pós ordenha. Por isso, em alguns casos, antes dessa implementação de redução do uso de antimicrobianos, pode ser preciso o uso de antibióticos em terapias para alguns agentes causadores.
E como mais um fator benéfico dessa implantação, a cultura na fazenda é acessível para todos os tipos de propriedade, independente do tamanho do rebanho.
Com investimentos em torno de 500 a 600 reais mensais, os valores não se tornam um fator limitante. Se pensarmos nos gastos gerados com os tratamentos de mastite, o valor com precaução se torna um investimento rentável.
Para iniciar esse processo, são necessários alguns requisitos:
Antes de implantar a ferramenta, é interessante fazer visitas em outras propriedades que já utilizam esse sistema. Da mesma maneira, conversar com técnicos e especialistas para que o entendimento seja claro e assertivo.
Não existe uma fórmula exata para o sucesso de qualquer negócio e isso se aplica à produção de leite. No entanto, o conhecimento dos processos e a prevenção são sempre as melhores estratégias.
Por isso, busque informações confiáveis sobre a produção dessa matéria-prima. E mais do que apenas ter informações, coloque-as em prática, pois de nada adianta possuir ferramentas eficazes se não as usar a seu favor.
Inicie um programa de prevenção de mastite, reduzindo as necessidades de tratamento. Siga o plano e conscientize os funcionários sobre cada procedimento adotado.
Com isso, será possível entregar um produto de qualidade, mais rentável, que atenda aos parâmetros normativos e tenha impacto positivo na saúde do seu consumidor.
Por fim, conte com a ajuda de uma empresa especializada. Para isso, a Somaticell desenvolve soluções únicas para que a qualidade dos produtos lácteos seja mantida.
Trabalhamos com iniciativas de prevenção de doenças pecuárias, impulsionando os resultados do seu negócio e minimizando as possibilidades de perdas.
Ao investir em nossas soluções, você estará investindo na proteção e no cuidado com seus animais, garantindo sanidade e menores gastos. Além disso, demonstrará valor e compromisso com seus consumidores, entregando um produto de qualidade ao mesmo tempo que impulsiona seu negócio.
Fale com um de nossos consultores, tire suas dúvidas com um especialista e garanta a produção de leite com qualidade, menos custos e mais consumidores. Estamos te esperando!
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