A saúde do rebanho é um dos principais fatores de preocupação entre produtores de leite. A apreensão não é à toa, afinal, a preservação dos tetos das vacas leiteiras é essencial para a garantia de um leite farto e com qualidade. Em suma, um dos principais problemas que interferem na qualidade do leite é a mastite bovina, e você precisa descobrir como controlar!
A doença, que se apresenta através da inflamação das glândulas mamárias, dificulta os negócios causando perda da produção de leite, comprometimento da qualidade e até a morte dos animais.
Para exemplificar, de acordo com a Embrapa, um rebanho infectado com mastite pode reduzir a produção do leite até 70%. Inegavelmente, é uma redução bastante expressiva.
Nesse contexto, cultivar boas práticas no sistema de produção é essencial para prevenir esses problemas. Entretanto, mesmo com estratégias de prevenção, muitas vezes, o problema se instaura.
Por isso, é importante entender quais medidas adotar para controlar o quadro, impedindo um número maior de animais contaminados e prejuízos financeiros.
E você, sabe como controlar essa doença? Entende quais práticas devem ser adotadas em um rebanho infectado? Nesse texto, veja como é possível controlar a mastite bovina, entenda quais são os fatores principais das causas de infecção e conheça os padrões a serem seguidos, para prevenir o contágio.
Acompanhe os tópicos e veja o conteúdo que preparamos sobre o assunto:
A mastite bovina é uma doença que causa uma inflamação nas glândulas mamárias, podendo ser classificada em dois tipos: mastite clínica ou mastite subclínica.
Tal doença pode ser causada por alergias, fatores metabólicos ou por infecção, sendo essa última causa a mais comum. As infecções são causadas por agentes contagiosos ou ambientais.
Os agentes contagiosos promovem a infecção de uma vaca para a outra durante a ordenha, entre os quartos mamários, tanto pelo uso de equipamentos mal higienizados como pela falta de limpeza nas mãos do ordenhador.
Nos casos de mastite contagiosa, os microrganismos se instalam na glândula mamária, causando infecções persistentes, mas sem sintomas graves.
Por sua vez, os agentes ambientais entram em contato com o animal através do ambiente em que ele vive. Geralmente, estão presentes na água, no esterco ou barro. Um dos principais agentes são os coliformes fecais, que conseguem entrar no úbere e se multiplicar.
As alterações causadas pela doença levam a mudanças físico-químicas no leite. Na maioria dos casos, quando não há um controle adequado, a mastite clínica pode causar a perda do teto, por conta da fibrose. Em casos ainda mais severos, o animal pode morrer.
Mas mesmo que a mastite clínica tenha um quadro mais latente, a doença em modalidade subclínica acaba causando impactos financeiros maiores. Pois, como sua forma é silenciosa, ela pode se espalhar, reduzindo a qualidade e a quantidade do leite.
Nesse sentido, o diagnóstico precoce é fundamental, pois garante um tratamento adequado rápido e impede que a doença se espalhe, causando outros problemas.
No próximo tópico, veja como é feito o diagnóstico dessa doença.
Uma das formas de controlar e evitar que a mastite bovina se espalhe, é através de um diagnóstico prévio e de forma ágil. Dessa forma, fazer inspeções regulares nas vacas leiteiras, aplicando testes com identificação segura e eficaz, é uma medida que melhora muito os problemas com a doença.
O método para o diagnóstico irá depender da classificação da mastite. Nos casos de mastite clínica, é mais fácil identificar, já que ela pode ser detectada através de alterações visíveis no leite, como grumos, coágulos e alterações na cor da matéria-prima.
Além do mais, também fica notável alterações nos tetos da vaca infectada. As mais comuns são inchaço e vermelhidão.
Em contrapartida, os casos subclínicos são imperceptíveis a olho nu, podendo passar despercebidos por um longo período.
Dessa forma, para o diagnóstico de mastite subclínica, é necessário a realização de análises como a CCS (Contagem de Células Somáticas).
As vacas que apresentaram CCS acima de 200.000 por mL são consideradas com a doença subclínica.
Após o diagnóstico de mastite subclínica, torna-se interessante conhecer o perfil do agente que está causando a infecção.
Para isso, a cultura microbiológica do leite representa uma ferramenta fundamental para identificar patógenos. Através dessa identificação, pode-se escolher o melhor tratamento.
A mastite é a doença que mais causa perdas econômicas no sistema de produção de leite, de acordo com a Embrapa.
Isso porque, além de propiciar o descarte do leite, a doença exige um empenho do produtor em investimentos no tratamento e controle.
Entre os custos, estão medicamentos para o tratamento de casos clínicos, descarte de animais com morte precoce, mão de obra de profissionais especializados no assunto e redução da produção, devido ao número de vacas infectadas.
Sem falar que o tratamento da mastite envolve o uso de antibióticos, o que pode trazer riscos de resíduos no leite, comprometendo a qualidade do produto e de seus derivados.
A interferência nessa qualidade acontece pois, microrganismos que se classificam como bactérias láticas deixam de ser benéficas quando estão em grande quantidade. Assim ocorre o aumento de ácido lático, produto da metabolização de lactose por esses microorganismos.
Assim, o pH do leite é afetado, provocando a precipitação de caseínas. Isso interfere na coagulação e nas características sensoriais, sobretudo, na termorresistência do leite.
Consequentemente, o processo interfere na pasteurização realizada na indústria, tornando a matéria-prima de baixo valor.
No mesmo contexto, as bactérias psicrotópicas aumentam o problema, visto que sua multiplicação pode ocorrer em baixas temperaturas, reduzindo o tempo de validade dos lácteos, sabor amargo no leite e aumento de viscosidade do produto.
Todos esses problemas, derivam de forma direta ou indireta da mastite, já que alguns deles são ocasionados pela falta de higiene nas instalações, ordenha e equipamentos.
Agora que você já conhece como a mastite ocorre, os principais fatores para o aparecimento e os prejuízos causados por ela, veja as dicas que separamos para te ajudar no controle dessa doença.
Para alcançar sucesso nessa tarefa, é fundamental ter em mente quais medidas preventivas são mais que necessárias para um negócio de sucesso.
Por isso, mapeie sempre os pontos de melhoria no seu ambiente de criação. Entenda a etapa de cada processo e a necessidade de potencializar a qualidade no cotidiano de manejo dos animais. Na prevenção, você pode priorizar os seguintes fatores:
Os ambientes em que as vacas ficam precisam de manutenção constante, com limpeza, sem umidade excessiva e com conforto. Todo cuidado nesse ambiente é válido, pois locais de descanso sujos são fonte de risco para infecções intramamárias.
O manejo da ordenha precisa ser feito de maneira eficiente e sem riscos de novas infecções. Por isso, ao ordenhar os tetos, eles precisam estar limpos e secos com desinfecção através de solução específica e secagem com papel toalha, antes e depois da ordenha.
Analise a situação de seu rebanho para não ter comprometimentos ainda maiores do seu negócio.
Efetuar manutenção e a limpeza adequada nos equipamentos de ordenha, repetindo o processo ao partir para outro animal
Esses materiais necessitam de checagem periódica frequente, com dimensionamentos corretos e lavagem e desinfecção, logo após o uso.
Ter conhecimento dos fatores que prejudicam a saúde do rebanho é um ponto chave nesse processo. Nisso, todos os envolvidos precisam estar cientes sobre as boas práticas para evitar a mastite.
Esses são os principais fatores para prevenir a incidência de mastite entre as vacas leiteiras. Contudo, caso você já esteja sofrendo com muitos casos e precise de controle, o ideal é implementar um tratamento específico.
Uma das soluções é o uso de antibiótico, mas é importante avaliar o período em que o tratamento vai ser feito, já que isso poderá refletir no resultado. Assim, o período em que os resultados são mais satisfatórios é na secagem.
A terapia da vaca seca é a melhor forma de controle, após a mastite subclínica detectada. É nesse período que o uso de antibiótico é ideal, atuando para eliminar as infecções intramamárias existentes.
No mesmo sentido, ajuda a prevenir novos casos de mastite após a secagem e no período de pós-parto.
Mas analisar apenas o período não é suficiente. É preciso analisar o tipo de antibiótico que você vai utilizar no tratamento.
Geralmente, os medicamentos que mais têm indicação são os que possuem concentração superior aos que se utilizam comumente nas vacas em período de lactação e que possuem veículo oleoso e longa ação.
Usar um selante intramamário no período seco também ajuda a prevenir novas infecções. Há a formação natural de tampão de queratina no teto da vaca, mas algumas, com má formação, poderão aumentar a chance de entrada de agentes infecciosos.
Assim, usar o selante propicia uma barreira, a qual impede a entrada de microrganismos, ajudando bastante na redução de casos de mastite.
Através das informações vistas neste artigo, fica claro que a mastite é uma doença que compromete muito a saúde das vacas leiteiras e, com isso, a saúde do negócio.
Por isso, a produção do leite pode ser desafiadora, mas, quando tem uma boa condução, pode ser lucrativa e satisfatória para o agroprodutor.
Entretanto, é preciso estar atento, em primeiro lugar, às formas de prevenção. Elas serão essenciais para manter a produção com um padrão de qualidade, sem prejuízos e sem comprometer a imagem do negócio.
Assim, investir em pequenas mudanças, muitas vezes podem parecer um custo, quando na verdade são formas de poupar gastos desnecessários com mudanças repentinas, veterinários, descarte de leite e de vacas da produção.
Portanto, utilize essas dicas a seu favor. Monitore sua fazenda e seus animais produtores, fazendo sempre uma inspeção de qualidade e higiene nos ambientes.
Também não se esqueça de testar o rebanho com frequência. Lembre-se que o caso que mais provoca prejuízo no rebanho é a mastite subclínica. Já que não demonstra sintomas, mas pode facilmente se espalhar e reduzir a produção.
Dessa forma, busque métodos práticos, eficientes e que atendam a necessidade de um diagnóstico rápido para decisões assertivas e ágeis, como o Somaticell CCS, que em menos de 3 minutos te dará a contagem de células somáticas do leite com resultado numérico e assertivo, podendo ser feito com leite do tanque, CCS individual ou ainda CCS por teto.
Para te ajudar, a Somaticell possui soluções para diagnosticar mastite e resíduos de antibiótico no leite.
Nossos produtos cobrem 100% da detecção de todos os antimicrobianos, descritos no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Para entregar a melhor qualidade, trabalhamos com uma equipe de mais de vinte pesquisadores, que se dedicam ao desenvolvimento de produtos para a linha de segurança alimentar.
E para uma saída moderna, criamos o
Somaticel® CCS, pensado para diagnósticos de mastite de maneira ágil e com precisão. Esse kit permite a avaliação da amostra do leite com base em um conjunto que viabiliza a contagem imediata de CCS, com o desempenho comparável à contagem feita em laboratório. Quer entender mais sobre esta solução? Então,
fale com a gente! Estamos esperando por você.
Conheça nosso App
Nossos Vídeos Educacionais
Somaticell nas Redes Sociais
Fale Conosco:
+ 55 (11) 4216-2500
+55 (11) 94272-2501
Endereço:
Av. Juvenal Arantes, 2500 - Galpão 11 - Medeiros, Jundiaí - SP, 13212-354
A Somaticell Diagnósticos oferece produtos projetados para atender o mercado brasileiro, com as maiores proteções em termos de capacidade de
detecção de drogas, cobertura de famílias detectadas, com 100% das necessidades descritas pelo MAPA.
Política de Privacidade