Por ser uma das enfermidades que mais acomete as vacas e interfere na qualidade do leite, é muito importante estar atento às causas da mastite. Assim, além de poder se precaver com relação à produção de leite, é possível atuar mais rapidamente no tratamento e de maneira assertiva.
Entretanto, isso pode ser um desafio, principalmente para quem não tem o conhecimento ou rigor de supervisionar o rebanho. Afinal, não é correto que produtores de leite só percebam a mastite após seus sintomas aparentes. Após a identificação da doença, é necessário tomar cuidado com os próximos passos. É possível que o próprio tratamento deixe alguns resquícios a sanar.
Para exemplificar, é possível pensar na aplicação incorreta ou demasiada de antibióticos como parte do tratamento de vacas com mastite clínica e subclínica. Nesses casos, os resíduos podem ser também modificadores do leite bovino.
Nesse artigo, você irá descobrir justamente o que acontece com os resíduos de gentamicina, qual a implicação deles para o leite, etc. Por isso, se você tem um rebanho para zelar e deseja ter sempre a melhor qualidade de leite possível, não deixe de fazer esta leitura!
Para trazer o conteúdo, o artigo foi dividido nos seguintes tópicos:
Os resíduos de antibióticos não aparecem por acaso. Na realidade, o seu surgimento deriva da intenção de sanar a mastite ou outras infecções nos animais. Porém a principal infecção que acomete o rebanho é a mastite, sendo responsável pela alteração da qualidade do leite, a quantidade do mesmo e também pela piora na saúde das vacas. Para entender mais sobre isso, confira os tópicos abaixo sobre a doença:
A mastite caracteriza-se pela inflamação na glândula mamária das vacas. Essa doença resulta de um microrganismo patogênico que causa essa infecção após acessar a glândula pelo orifício da mama ou mesmo pelo sangue.
Como consequência dessa inflamação, há modificações físico-químicas no leite das vacas. Essas alterações podem variar com o tipo de mastite (se clínica ou subclínica) e o nível de gravidade da inflamação.
Mastite clínica
Em casos de animais do rebanho estarem sofrendo de mastite clínica, o produtor irá saber. Isso se dá pelo fato de que a mastite clínica apresenta sintomas visíveis, tanto no leite quanto nos animais.
Em caso de inflamação, é notório que os úberes apresentam-se mais tesos e avermelhados, além de ser comum que fiquem mais quentes do que o normal. Esse aumento de temperatura e a dor nas mamas são grandes indicadores de que há algo de errado com a glândula mamária dos animais.
Já no leite, as alterações vêm em forma de prejuízo na qualidade. Isso mesmo, as alterações são tão expressivas que o leite pode apresentar pequenos glóbulos, um aspecto de coalhado ou mesmo com a presença de pus.
Por essas razões não é possível aproveitar o leite, o que discorre em um desperdício tremendo.
Mastite subclínica
Este tipo de mastite, por sua vez, não requer tanto descarte de leite. E apesar de isso parecer uma vantagem pelo fato de não ser necessário desperdiçar todo o produto, a doença silenciosa pode ser ainda mais prejudicial ao seu rebanho.
Afinal, sem apresentar sintomas, a doença se propaga entre as vacas. Nesses casos, se não houver supervisão, você só perceberá quando o principal fator da mastite subclínica se tornar visível: a diminuição da produção de leite.
Após identificar a mastite, o ideal é partir para o tratamento o mais rápido possível. Entretanto, esse tratamento não deve ser arbitrário, ou seja, o antibiótico deve ser escolhido corretamente pelo médico veterinário e com posologia adequada.
Afinal, esses medicamentos geram resíduos no leite produzido pelo animal em tratamento. Isso quer dizer que a qualidade do leite também estará em jogo durante a aplicação dos remédios. E apesar de não ter como negar que os antibióticos têm comprovação científica e são eficientes na cura da mastite, é necessário ter bastante cuidado.
Existem alguns fatores para se considerar antes da aplicação do antibiótico:
Esses aspectos são fundamentais para garantir a saúde do seu animal, assim como a qualidade do leite.
Desse modo, é possível diminuir os efeitos do remédio nas vacas, e também evitar resíduos de antimicrobianos no leite. Além do mais, é possível evitar um grande problema: a resistência antimicrobiana.
Nesse contexto de tratamento, um antibiótico amplamente utilizado é a gentamicina. Este medicamento é próprio para diversas infecções bacterianas, como a mastite, e tem ação intramamária.
Sua administração exacerbada ou inadequada pode acarretar em resquícios no leite das vacas e causar alguns prejuízos. Entre eles: a alteração na microbiota do leite e o consequente perigo da resistência bacteriana em humanos. Além da questão de que se o leite estiver com resíduos acima do limite permitido em legislação, ele se torna impróprio para consumo, devendo ser descartado.
Mas como isso ocorre?
Bem, a alteração da microbiota ocorre a partir das reações que os resíduos causam nas bactérias lácteas. Por si só, isso altera a fermentação do leite.
Já a partir da transmissão para humanos, apesar do antibiótico se apresentar em concentração pequena, em maior quantidade ou com consumo recorrente, podem haver sérios danos, como por exemplo a resistência de microorganismos ou mesmo a morte de bactérias benéficas intestinais.
Afinal, é válido ressaltar que a gentamicina, por exemplo, é um medicamento também de uso humano, prescrita para combater infecções ósseas, articulares e no trato urinário. Além de outras inflamações, como na pélvis, meningite, pneumonia, etc.
Assim sendo, os resíduos de gentamicina no leite podem acarretar diversas fragilidades com relação ao desenvolvimento dessas doenças. Isso se torna ainda pior ao relacionar o perigo para mulheres grávidas.
Por essa razão, há estudos que investigam os resíduos de gentamicina no leite, a sua variação, bem como o limite de concentração para esses resíduos.
É importante saber a correta forma de aplicação do antibiótico. Por isso, confira algumas dicas para a aplicação:
A dosagem correta da gentamicina e dos antibióticos como um todo é indispensável para evitar todos os fatores citados, além da economia.
Assim, tanto o uso abusivo quanto insuficiente de gentamicina podem ser um problema, pois enquanto o primeiro pode gerar grandes concentrações de resíduos, o segundo pode fomentar a resistência das bactérias e postergar a cura.
Além do diagnóstico, identificação do antibiótico e dosagem adequada, é importante que a administração seja precisa. Principalmente em casos de administração intramamária, em que o úbere fica exposto e é bastante sensível.
Nestes casos, a região precisa ser limpa com álcool e o objeto de inserção deve ser novo e esterilizado. É válido ressaltar isso pois pessoas sem conhecimento podem utilizar uma única cânula para administrar o antibiótico em diferentes vacas.
Entretanto, isso é terminantemente proibido. Afinal, os úberes são focos de bactérias e podem acabar transmitindo-as para outros animais através da cânula. Por isso, é importante trocar as luvas também durante as aplicações.
Tanto para acertar na dosagem do antibiótico como para a escolha dele, bem como para ter o diagnóstico correto, é imprescindível contar com o apoio de um veterinário.
Além disso, a aplicação correta também é encargo de quem tem conhecimento e é hábil para isso.
Esse profissional, na realidade, deve estar a postos para supervisionar o seu rebanho e cuidar da saúde das vacas.
E na administração de antibióticos, é fundamental que ele seja o gestor. Dessa maneira, é possível contar com a experiência e o conhecimento necessários para ter um bom trabalho.
Como visto, há alguns cuidados essenciais durante a aplicação dos antibióticos, como a gentamicina. Esses cuidados são importantes para diminuir os resíduos do antibiótico na produção do leite.
Estudos realizados por Thamires Martins (2013) com o objetivo de analisar a presença de resíduos de antibiótico no leite, apontou que ao menos 24,95% das amostras tiveram resultado positivo. E esse número foi resultado de uma análise após 9,3 dias da aplicação do medicamento.
Isso quer dizer que durante a produção de leite de todos esses dias, os efeitos da gentamicina ainda vão estar presentes na produção láctea. E, como visto, há diversas consequências destes resíduos à vaca, à qualidade do leite e consequentemente à população consumidora.
Esta última por sua vez, tem prezado cada vez mais por alimentos saudáveis e livres de alteração. Nesse sentido, leites com resíduos de gentamicina, mesmo que apenas como resultado de um tratamento temporário de mastite clínica ou subclínica, podem ser fatais para o seu negócio.
Por isso, todo detalhe é pouco em torno da qualidade e produção do leite. Assim, uma maneira adequada de se precaver deste risco, é separar não apenas as vacas com mastite, mas também aquelas em tratamento por antibióticos.
Isso pode fazer com que seja possível supervisionar a composição do leite, bem como evitar que os resíduos de gentamicina estejam presentes em toda a produção láctea. Com a ajuda de um profissional e muita informação, é mais fácil ter leite de qualidade, assim como uma menor perda na produção.
Além disso, é preciso estar atento à validade do antibiótico (que infere sobre os resíduos deixados) e à quantidade correta, sendo possível assim produzir leite dentro dos
Limites Máximos de Resíduos, determinados na legislação brasileira.
Após a aplicação do medicamento, é extremamente recomendado que ocorra a supervisão das vacas. Isso quer dizer tanto na sua resposta imunológica, quanto nas condições do leite.
E para ter certeza se existem resíduos do medicamento presentes na produção do leite, é sempre possível contar com os testes da Somaticell. Trabalhamos com análises para todas as famílias de antimicrobianos exigidas na legislação brasileira, sendo possível analisar se o leite pode ser comercializado ou não.
Afinal, com anos de mercado e a experiência necessária para o cuidado do seu rebanho, a empresa não poderia ficar de fora da identificação de resíduos de antibióticos.
Por isso, em casos de gentamicina, o teste adequado é o kit Amino 3IN1, um teste direcionado à família dos aminoglicosídeos.
Esse teste tem a tecnologia de imunocromatografia com ouro coloidal, resultando em uma análise clara, precisa e segura. Isto é, garantindo a certeza que você precisa para identificar a presença de resíduos de gentamicina.
Além disso, o teste tem muitas vantagens como:
Por isso, se você deseja verificar a existência de resíduos de gentamicina no leite de vacas com diagnóstico de mastite clínica ou mesmo subclínica, conte com o
kit Amino 3IN1!
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